Barreto Bolsas e acessórios

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Matéria bem legal.

Achei essa matéria bem legal no site www.bolsademulher.com

Você e sua bolsa

Elas andam embaixo do braço, à tiracolo, agarradas nas costas. São novas, velhas, pesadas, modernas, fora de moda. Umas ajudam a arrumar namorado, outras a livrar de um assalto, algumas ainda, a fazer a maior confusão. Não importa o estilo, nem o formato, nem a cor: mulher com “M” tem que ter a sua. Parte [...]

Elas andam embaixo do braço, à tiracolo, agarradas nas costas. São novas, velhas, pesadas, modernas, fora de moda. Umas ajudam a arrumar namorado, outras a livrar de um assalto, algumas ainda, a fazer a maior confusão. Não importa o estilo, nem o formato, nem a cor: mulher com “M” tem que ter a sua. Parte indispensável do universo feminino, nossas bolsas são detentoras de hilariantes histórias, pequenos segredos e grandes mistérios. E são eles que nós vamos desvendar agora com a ajuda de nossas leitoras que nos enviaram várias histórias.

Para a carioca Alessandra Pereira, bolsa de mulher é como uma lenda: “toda mulher sempre tem coisas para carregar, e quanto maior, mais coisas: pente, batom, carteira, porta-absorvente… Também levamos um pedaço de nossa história, que ficou marcada por uma época de alegrias ou tristezas. Pode ter sido um presente de alguém especial, ou ter dentro uma declaração de amor, não importa: é muito difícil se desfazer de uma bolsa. É como um filho que decide partir, um álbum que se perde, memórias perdidas. Uma bolsa guarda, no fundo, o coração da dona.”

Acessório pessoal, não ouse invadir uma bolsa feminina sem ser convidado. Natália Martins, de SP, levantou para comprar um drink em uma discoteca que estava com o namorado, e quando voltou, percebeu que ele estava mexendo em sua bolsa. “Fiquei tão irritada que peguei a bolsa da mão dele e fui embora. Só que comigo estavam as chaves do carro, os documentos e a carteira dele! Fui embora com tudo, sem dor na consciência. No dia seguinte, fiquei sabendo que ele teve que pedir dinheiro lá para voltar para casa. Perdi o namorado, mas a minha bolsa foi vingada!”

Existem bolsas aventureiras. Verônica Moschetta, do RS, estava carregada de compras e muito atrasada, quando abriu a porta do carro. “Colocar minha bolsa no chão nem pensar! Coloquei no teto do carro, joguei tudo para dentro e arranquei. Pensei: todo mundo me olhando, meu cabelo está lindo! Ignorei as buzinadas, que eu não sou dessas. Quando estacionei, meu mundo caiu: os olhares e as buzinas não eram pra mim, mas para a minha bolsa, ainda onde eu a deixei: no teto do carro!”, relembra. Outras bolsas são fogo, literalmente. Mara Bastos estava saindo do shopping Rio Sul, no RJ, com sua bolsa de alça, daquelas tipo bolsão. Tocou o telefone, e ela ouviu um barulho estranho, como de uma descarga elétrica. Pensou que o telefone tinha entrado em curto. O resto da história, ela mesma conta: “Abri a bolsa e uma fumaça saiu de dentro. Joguei no chão e comecei a bater para abafar as chamas. E o telefone tocando. Atendi, e disse “não posso falar agora, que minha bolsa está pegando fogo!”. O telefone estava quente, cheirando queimado. Investiguei e encontrei o motivo: meu celular acendeu uns fósforos promocionais que eu coleciono. Agora acredito quando eles pedem para não ligar o celular em avião e posto de gasolina. Diz que até pára-raio ele é! Foi um susto.” A bolsa que o diga, Mara! 

Há casos de bolsas heróicas, que nem sob encomenda se sairiam melhor. Ângela Melo Aita, de SP, tem uma dessas: “Minha bolsa sempre me socorreu nos piores momentos”, conta ela, “dias atrás algo extraordinário aconteceu: era caso urgente, precisava desparafusar um aparelho elétrico e onde eu encontrei a chave para os meus problemas? Em minha bolsa! Lá estava o canivete mil ferramentas do maridão que ele havia deixado solto no escritório. Graças a este lapso de memória dele, eu consegui resgatar meu colar que estava dentro do aparelho por artimanha do meu filho. Salva pela bolsa esperta!” Outra eleita a “super-bolsa” é a da também paulista Maria Pinon: “Certa vez estava andando na rua e um ladrão passou correndo do meu lado tentando agarrar a minha bolsa. Porém eu a segurei fortemente e virei-lhe uma bolsada na cabeça. A pancada foi tão forte que o homem caiu no chão e, meio tonto, gritou que ia me processar por agressão, enquanto um policial o levava para a delegacia e eu ia para mais uma jornada de trabalho.”

As comadres casamenteiras que se cuidem: há bolsas que estão desempenhando essa tarefa muito bem! “A minha foi responsável pelo meu casamento,” conta Patrícia Machado, de Brasília: “conheci um rapaz interessante num encontro de estudantes, em 98. Ele me deu o telefone e endereço, coloquei seus dados na bolsa, só que dias depois emprestei a uma “amiga “. Como ela tinha ficado também interessada no rapaz, começou a se corresponder com ele como se fosse eu. Quando recuperei minha bolsa, notei que o endereço de meu amado não se encontrava mais lá. Nossa relação tinha ficado marcada pelo apelido que colocou em mim, “pandinha”, pois a bolsa tinha o formato de um urso panda. No Natal passado, viajei até sua cidade, e por coincidência, o encontrei e descobrimos a confusão. O namoro com minha “amiga ” não tinha durado muito e ele estava magoado, pois ela estava muito fria com ele. Para provar o engano, lembrei-o do apelido. Depois de um mês, estávamos casados.” Outra sortuda foi Flávia Carvalho. Ela caminhava na chuva, quando sua bolsa caiu: “passou um carro e me molhou toda! Ela foi indo embora, carregada pela enxurrada, e eu atrás, correndo feito uma louca! Meu sapato quebrou num bueiro, meu terno ficou irreconhecível. Quando o Marcelo (que eu não conhecia) pegou a minha bolsa, disse olhando no fundo dos meus olhos: “Acho que pesquei a sorte.” Ali começou uma conversa e trocamos os telefones. Estamos juntos, faz quase dois meses. Nada como uma bolsa sendo levada pela enxurrada.”

Maria Joaquina Rodrigues, de Porto Alegre, não teve a mesma sorte. “Uma vez eu topei, no shopping, com o cara mais lindo que eu já vi: alto, forte, olhos verdes, um cabelo incrível e muito bem vestido. Já estava feliz só em vê-lo, quando ele olhou para mim. Meu coração disparou e ele veio em minha direção sorrindo. Senti seu perfume delicioso e minhas pernas tremeram. Estendeu os braços para mim e disse: “Menina, que bolsa diiiivina! Onde é que tu comprou?” Me engasguei com o chiclete.”

Os homens não entendem nossa paixão por elas. Uns têm medo, alguns fascínio, mas a maioria mesmo morre de curiosidade: o que tem dentro de uma bolsa de mulher? Às vezes, nem nós sabemos. A mineira Havana Alves foi ao banco com uma amiga, que pediu para ela guardar uma “sacolinha”: “na hora de passar na porta giratória, ela entrou e eu fui barrada. Tudo de metal que tinha na bolsa foi tirado, chaves, sombrinha, e colocado na mão do segurança. Quando fui abrir a sacolinha, encontro um pote de vaselina daqueles de alumínio que, na maior cara de pau, tive que entregar para o vigia, que não disfarçou a cara de deboche. Pode parecer idiota, mas realmente foi constrangedor”, conta ela. Companheira de infortúnio, a carioca Iracema de Souza também já sorriu amarelo: “Ia fazer uma surpresa para meu namorado, comprei calcinha nova, velas, sutiã, camisinhas diferentes. No caminho para a casa dele, encontro um amigo, que me convida para comer uma pizza. Eu vou. Na hora de pagar a conta, como a bolsa estava cheia, não encontrava o dinheiro. Ele a pegou, sacudiu em cima da mesa e saiu aquilo tudo. Até hoje, pensa que a surpresa era para ele, esquecendo-se que nos encontramos por acaso.”

Amiga, companheira, buraco sem fundo, ali tem de tudo. Paula Thompson, de SP, definiu perfeitamente o nome deste portal, com um texto hilariante que mandou para a nossa promoção “Você e sua Bolsa”: “Batom…não…caneta… nossa, eu estava procurando esta carta há séculos…chiclete…ai, cadê?…foto do Marquinho.. lixa, agenda… papel de bala…chaves… ué, eu não tinha devolvido a fita da Lu?…preciso devolver…assim que eu descobrir onde anotei o telefone novo dela…perfume, pente, calma , moço, já vou achar! ah, tá aqui: tó, doze reais. Obrigada, viu, da próxima vez pode deixar o taxímetro ligado.” Não é assim mesmo, uma bolsa de mulher?